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The Last of Us Part II: Remasterizado – Análise Softonic

Existe a remasterização perfeita? É possível que estejamos diante dela

The Last of Us Part II: Remasterizado – Análise Softonic
Jesús Bosque

Jesús Bosque

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É um clássico. Desde que joguei na época, é como descrevo a segunda parte de um jogo que marcou um antes e um depois na indústria dos videogames. Pela sua brutalidade, pela sua história e seus personagens bem desenvolvidos, além de um visual que levou o PS4 ao limite.

The Last of Us 2 Acessar

A segunda parte não decepcionou ninguém, apesar das críticas negativas de alguns jogadores que não entendiam que a história deveria avançar. Sua aparência visual e sua trama nos deixaram sem fôlego, embora não tanto suas mecânicas

Com essas informações, o que eu pensei quando o remaster foi anunciado – enquanto esperávamos por um novo jogo da Naughty Dog – foi: o que esse remaster poderia nos oferecer? Agora temos a resposta: um novo modo de jogo, a possibilidade de ver – e jogar – cenas descartadas e algumas melhorias no aspecto visual e também em algumas mecânicas. Mas ainda mantém o melhor, que é reviver uma aventura intensa e implacável.

The Last of Us II melhor do que nunca no Ps5

Se você já jogou The Last of Us no PS4, você vai se lembrar que seus gráficos eram incríveis, levando a geração anterior ao limite. A pergunta que surge é: o que a PS5 adiciona? Os criadores disseram que é a melhor versão do jogo, especialmente se você nunca jogou antes, e eu concordo totalmente graças a duas adições fundamentais: o tratamento de som com as novas tecnologias 3D e a capacidade de sentir certos aspectos do jogo graças ao Dual Sense.

A tecnologia de som 3D no PS5 oferece principalmente imersão e em um jogo como The Last of Us II, ela cria uma tensão em certos momentos que deixa sem fôlego. Nos primeiros momentos do jogo, você pode ouvir perfeitamente o vento gelado e também o estrondo das janelas. Claro, nada se compara aos infectados ou à obstrução do som ao usar a mecânica de escuta, que permite focar como nunca antes em todas as ameaças.

Por outro lado, temos o Dual Sense, que traz, como em outros jogos da Sony para PS5, a capacidade de sentir muitos aspectos do jogo: como os cavalos galopam, a violência das lutas ou o recarregamento das armas. Vale ressaltar o arco, que, junto com o Dual Sense, oferece uma sensação muito realista de como é puxar um arco ao usar os gatilhos adaptativos.

E embora essas sejam as novidades técnicas que estou contando, há um aspecto que não passa despercebido neste jogo: a jornada das protagonistas. É uma jornada difícil, impiedosa e envolta em uma espiral de violência em que você quer parar de olhar, mas não consegue, pensando que pode haver alguma esperança para elas.

É óbvio que o enredo não mudou, mas depois de jogá-lo pela segunda vez, tenho que dizer que, mesmo conhecendo a jornada, não é menos exigente emocionalmente para o jogador devido à sua crueza e dureza, confirmando novamente – se é que já não o tinha feito – que a Naughty Dog queria contar uma história muito diferente do que estamos acostumados nos videogames. Em The Last of Us II não há heróis ou vilões, apenas vítimas de seu passado e de suas próprias ações.

Enriquecendo a experiência

Duas novidades nos aguardam em The Last of Us Part II: Os Níveis Perdidos e o novo modo roguelike chamado Sem Retorno. Ambos me impressionaram, mas por diferentes razões.

Em primeiro lugar, temos as Fases Perdidas. Vários níveis adicionais que, por diferentes razões, acabaram não sendo incluídos no jogo. Esses níveis são pequenos fragmentos que ajudam a entender um pouco melhor as motivações dos personagens principais e o que a Naughty Dog pretendia com este jogo.

E por que eles não foram incluídos, se comentamos que eles nos ajudam a entender melhor as protagonistas? Os criadores dão várias razões e não vou revelá-las, mas destaca-se que a Naughty Dog, com essas Fases Perdidas, inaugurou a característica de ‘cenas excluídas’ dos Blu-rays de filmes, mas em videogames. E é que não só podemos jogar, mas também temos uma introdução do próprio criador explicando o que é a cena, o que eles pretendiam com ela e por que no final não entrou no jogo.

E há até mesmo um detalhe maior, que é que podemos jogar o nível, sim, mas de vez em quando veremos um ‘balão de conversa’ que são os comentário do designer do nível, explicando todos os detalhes dessa cena. Um verdadeiro deleite para o fã do jogo.

Sem Volta: um modo que você não pode perder

Como última novidade para esta versão remasterizada, temos o novo modo ‘Sem Volta’. Um modo roguelike que adapta as mecânicas desse sistema de jogo peculiar ao universo de The Last of Us. É impossível não pensar em God of War: Ragnarok e seu modo roguelike Valhalla, mas existem várias diferenças que tornam este modo Sem Volta um complemento perfeito para The Last of Us II.

Se Valhalla de God of War Ragnarok era pura adrenalina, em The Last of Us é basicamente pura tensão. Ou seja, o que sempre caracterizou cada um dos níveis de The Last of Us.

A mecânica não é muito diferente de qualquer outro Rogue Like no nível em que enfrentamos: uma série de ondas de diferentes facções. Teremos que derrotá-las para passar de nível, mas ao contrário de outros jogos do mesmo estilo, aqui não é pura ação, mas podemos optar pela furtividade ou eliminá-los a tiros ou fugir e nos esconder.

O que muda em relação a outros Roguelike é que, após cada fase (com várias ondas), teremos a oportunidade de comprar e melhorar armas ou aumentar algumas das estatísticas que aparecem no jogo.

Mas há mais novidades e esta é uma das mais importantes deste jogo. Embora desde o início você tenha a oportunidade de jogar com as duas principais protagonistas neste modo, também pode desbloquear mais personagens, mais habilidades, armas e sim, também roupas.

Evidentemente, o jogo recomenda que você tenha terminado o modo história, pois há spoilers óbvios dos personagens.

The Last of Us 2 Acessar

A melhor edição sem dúvida é esta do PS5

Não descobrimos a tremenda história que há em The Last of Us Part 2. Um jogo que, na época, já foi classificado como uma verdadeira obra-prima tanto em termos gráficos quanto em termos de história, embora com uma jogabilidade evidentemente contínua.

A versão do PS5 faz ainda mais para realçar, se possível, esse aspecto, adicionando alguns aspectos inovadores – quem poderia imaginar que veríamos cenas excluídas comentadas em um videogame – e adaptando modos de jogo populares como o roguelike com Sem Volta.

Se você já jogou no PS4 ou quer experimentá-lo pela primeira vez, é o momento ideal para retomar um jogo que o colocará em situações emocionalmente difíceis e onde você contemplará novamente a descida aos infernos de seus protagonistas e como não há heróis ou vilões, mas sim pessoas com cicatrizes difíceis de curar.

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