Artigo
Meus primeiros minutos no The Forest, um jogo que ensina a sobreviver


- 2 de setembro de 2014
- Atualizado: 6 de março de 2024 às 13:41

Medo, solidão e raiva: The Forest me fez sentir tudo isso em apenas meia hora. E fiquei viciado. Vou lhe mostrar por que é tão especial.
O The Forest é um jogo de sobrevivência e terror distribuído pela Steam. Parece uma mistura entre Minecraft e um jogo de tiro em primeira pessoa. Poucos o conhecem, mas está prestes a se tornar um sucesso.
No jogo você tem que sobreviver em um ambiente selvagem, construir ferramentas e abrigo, caçar, recolher e se defender. O ambiente é gerado aleatoriamente: nenhum jogo é como o anterior.
Em vez de escrever uma análise típica, optei por narrar minha primeira meia hora de jogo. Vem comigo! Eu quero que você também experimente The Forest.
Aterrissagem… e fuga
Já se passaram algumas horas desde que o avião se dividiu em dois e caiu. Quantas? Eu não sei. Vejo corpos. Pode haver sobreviventes. Mas onde eles estão?
Depois de pegar um machadinho de emergência, eu decidi ir sair. É de dia. Uma floresta calma me recebe. O chão está cheio de malas e peças de avião.
Vejo um lago a distância. Eu vou em direção até lá cheio de esperança. Talvez haja outros sobreviventes. E se houver água, eu posso lavar minhas feridas e matar minha sede.
De longe avisto duas cabanas. Eu vejo pessoas, mas algo está errado. Gesticulam muito e violentamente. Eu acho que eles não me viram. Me deito no chão.
Um totem plantado no chão me deixa desconfiado. Algo me diz que eu não posso me aproximar dos índios. Talvez mais tarde, quando tiver recuperado as forças… e fabricado minhas armas.
Me viro e começo a correr em direção à floresta. Há uma colina onde eu poderia fazer sinais. O esforço me esgotou, mas eu quero ficar longe dos nativos.
A construção do abrigo
A vista do morro é bonita. Daqui eu posso ver o lago e as cabanas dos nativos. Eles podem me ver, mas eu também vejo eles. E tenho a vantagem da altura. Se eles tentarem subir, eu vou atirar pedras.
Vamos trabalhar. Felizmente eu tenho um manual de sobrevivência! Em minutos, aprendo a construir um abrigo e acender o fogo. Eu só preciso de tempo e materiais.
Com a pouca força que me resta eu coleto os paus e as pedras necessárias. A coisa mais difícil de obter são os troncos grossos. Escolho uma árvore e a abato com o meu machado. Desgastante.
Pronto, agora eu tenho alguns troncos grandes. Com eles eu posso construir o telhado do abrigo de emergência. Ainda há muita luz, posso fazer isso. Devo.
Enquanto vou buscar mais pedras, acho duas malas que caíram do avião. Não sei a combinação do cadeado, mas não importa. Tenho o meu machado. Dou alguns golpes e obtenho uma lanterna.
Um jantar improvisado
É fim de tarde, mas o meu abrigo está pronto e também acendi uma fogueira. O calor do fogo me conforta. Agora eu sei que tenho opções. Talvez possa viver para ver outro dia.
Só quando começo a me sentir mais calmo, começa a chover. Meu fogo se apaga. Espero terminar a chuva para acendê-lo com o meu isqueiro.
Aproveito para cozinhar um lagarto que matei no rio. Não é muito, mas quando coloco ele no fogo meu estômago começa a roncar. Tem gosto de frango, mas ainda não estou satisfeito.
O manual explica que existe um tipo de sementes que podem alimentar, mas há outras que devo evitar a qualquer custo. Acrescento à minha dieta com algumas das brancas.
Noite de solidão e reflexão
Aproveito as últimas horas de luz para caminhar ao redor da colina. Do outro lado da floresta se vê o oceano. Não há sinais de sobreviventes. Nada que indique uma civilização.
Finalmente chegou a noite. Meu fogo é a única luz artificial em quilômetros. A escuridão é cheia de pequenos ruídos; nenhum é humano. Deveria dormir, mas estou com medo.
Me viro e vejo um arco-íris sobre a floresta. Por este lado é normal vê-los tão tarde. Por um momento, esqueço da tragédia e da minha situação. Suspiro.
A natureza é bela e cruel. Mas algo em minha mente me diz que são os seres humanos que vão me causar mais dores de cabeça. Amanhã vou caçar, comer e depois caminhar até as cabanas da praia para enfrentá-los.
A sobrevivência é uma atitude
Quase todos os manuais de sobrevivência começam dizendo que a coisa mais importante para sobreviver não são as ferramentas ou o treinamento, mas uma atitude positiva. O The Forest é o primeiro jogo que testa a nossa atitude em relação ao perigo, um simulador no qual você tem que manter a cabeça fria e o coração quente.
Como foi seu primeiro dia no The Forest?
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