Há uma nova febre no Brasil e não é um mal-estar qualquer. Ele atinge, preferencialmente, jovens entre 20 a 30 anos, do sexo masculino. O nome dele: e-sports, o esperto rótulo para campeonatos de games. Com torcedores, equipes e premiações de fazer inveja a muitos outros esportes, os torneios já movimentaram R$ 500 mil em 2013 no Brasil.
Boa parte do vírus foi disseminado pela Riot Games, que trouxe o sucesso estrondoso de League of Legends aos lares brasileiros. A aceitação do público gamer abriu as portas para títulos semelhantes, como o próprio Smite, que chegou ao Brasil pelas mãos da veterana Level Up, responsável pelos sucessos de Ragnarok, Grand Chase, Perfect World e outros.
Smite chegou e em pouco tempo já organizou um campeonato nacional com direito a viagem aos Estados Unidos pela disputa do título mundial. Você acha que isso é tudo? A equipe vencedora vai levar para casa R$ 50 mil reais, além da vaga para o mundial, e uma chance de aumentar a bolada em dólares.
Mas, afinal, o que é o Smite?
Smite, uma batalha entre deuses mitológicos
Smite é um game do gênero MOBA (Multiplayer Online Battle Arena). Se a sopa de letrinhas ainda o confunde, pense nela como se fosse futebol. Há um time contra o outro, com personagens de diferentes habilidades. Os jogadores se digladiam em uma arena (ou estádio) até alguém vencer. Como no esporte bretão, há muitas estratégias para ser o vencedor.
O pano de fundo de Smite está relacionado a contos mitológicos. Todos os personagens são deuses da mitologia grega, egípcia, nórdica, chinesa, maia, romana e hindu. Cada divindade possui uma habilidade especial que o diferencia dos outros personagens. Hércules, por exemplo, tem bastante força física, mas não é tão bom com magias.
Um dos personagens disponíveis no Smite
Somando tudo, o jogo oferece seis modalidades. Há o clássico modo de conquista, uma pancadaria entre cinco jogadores de cada lado em três rotas. O objetivo final é destruir o Titã inimigo. Além dessa modalidade, há o também tradicional PvP – ou jogado contra jogador -, voltado para derrotar os deuses adversários. Quem zerar a pontuação do inimigo, vence.
Planejamento e torneio com premiação em dinheiro
A chegada de Smite ao Brasil, em setembro, não poderia ter sido melhor planejada. O game foi dublado em português e roda em servidores locais para os jogadores não sofrerem com o impacto de qualquer lentidão imprevista. Além disso, o recente campeonato regional pode levar uma equipe ao mundial dos Estados Unidos, com premiação milionária.
Momento da batalha em Smite
O campeonato regional, aliás, ressalta a força do e-sports. Qualquer time podia se inscrever para tentar a premiação de R$ 50 mil reais e uma vaguinha no mundial. As inscrições terminaram no começo de outubro, mas você pode acompanhar os duelos pela internet. O torneio está dividido em três fases, então, há muitas partidas restantes.
Postulante ao trono do MOBA
Atualmente, mais de quatro milhões de jogadores já escolheram um deus mitológico e saiu na porrada. O campeonato mundial e o campeonato regional no Brasil ressaltam um traço da estratégia do Smite: incentivar os jogadores a criarem times e disputar os campeonatos com premiação acima da média. Ou que, pelos menos, acompanhem os torneios.
Para o jogador um pouco menos competitivo – neste gênero, quase todos os jogadores são bons gamers, que entendem dos pontos fracos e fortes dos personagens -, há muitos modos divertidos, como o clássico PvP (player versus player). Então, a diversão está garantida. Desde que você não perca a paciência ao perder para outros times. Acredite, isto vai acontecer muito.
Se nunca testou o game, mas gosta do gênero, você tem bons motivos para experimentar Smite. Primeiro, porque a empresa teve o cuidado de trazer o game ao Brasil em condições de jogar sem problemas. E segundo, porque o modo de combate é divertido o bastante para você não ficar entendiado. Principalmente quando tem deuses mitológicos no meio.