A luta pelos direitos dos artistas não para. Apesar de a inteligência artificial generativa ter trazido muitas alegrias para certos setores, outros se encontram em meio a um dilema difícil de resolver. Depois que atores e roteiristas levantaram sua voz em defesa de seus direitos, pode ser a vez dos músicos fazerem o mesmo.
A Federação Americana de Músicos (AFM, em inglês) é o sindicato que representa os músicos que trabalham na indústria do entretenimento. Segundo relatos da CNN, esse sindicato irá se reunir na segunda-feira para negociar um novo contrato com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP).
A IA e o streaming serão os pontos em que ambas as partes terão que chegar a um consenso. A AFM quer conseguir, antes de tudo, uma melhoria nos salários e nas condições de trabalho, além de proteger os criadores em relação à IA e melhorar os pagamentos residuais dos serviços de streaming.
Atualmente, os músicos que trabalham em trilhas sonoras recebem 75% menos de receita proveniente dos serviços de streaming. Isso se deve à baixa quantia que já recebem devido aos royalties. A AFM tem clareza: ‘a indústria do entretenimento mudou profundamente’ e os músicos ‘não estão sendo devidamente compensados‘.
Além disso, eles não vão se deixar intimidar. Tino Gagliardi, presidente da AFM, explicou à CNN que o sindicato ‘estará preparado para fazer o que for necessário‘ para lutar pelos direitos dos músicos e, assim, melhorar sua qualidade de vida.