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Governo brasileiro financiará games e apps de utilidade pública

Governo brasileiro financiará games e apps de utilidade pública
Rui Maciel

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O Ministério das Comunicações (MC) anunciou que pretende financiar o desenvolvimento de games e aplicativos de utilidade pública aos usuários do país. A ação foi anunciada pelo secretário-executivo substituto do órgão, James Görgen, em audiência pública realizada nessa terça-feira (27/5) na Câmara dos Deputados, em Brasília, sobre jogos eletrônicos e digitais no Brasil.

Governo brasileiro financiará games e apps de utilidade pública

A iniciativa prevê uma premiação para incentivar o desenvolvimento de aplicativos de utilidade pública e de serious games (jogos de conteúdo ligado a educação e saúde, por exemplo) para dispositivos móveis e que serão oferecidos gratuitamente aos brasileiros. A projeção é de que neste ano poderão ser financiados 45 apps ou games.

A ação integra a Política Nacional de Conteúdos Digitais Criativos, que o ministério está formulando ao lado de diversos órgãos municipais, estaduais e federais. Ela visa desenvolver e fortalecer os segmentos produtores destes conteúdos no país.

Mercado transversal e contraste

Para o secretário, trata-se de um novo mercado que cada vez mais se consolida como transversal, e que pode aglutinar e agregar valor ao país, inclusive para a balança comercial, principalmente em termos de propriedade intelectual.

Görgen afirmou que “desde 2011, o Ministério das Comunicações deixou de ter uma proposta apenas ligada à infraestrutura na área de telecomunicações e radiodifusão, e passou a desenvolver ações embrionárias em relação a uma politica de conteúdos digitais”, observando que aí estão incluídas as áreas de audiovisual, jogos, aplicativos para dispositivos móveis, simuladores e também de música e som – “que dialogam com esses segmentos”.

O secretário destacou também o contraste do setor no Brasil, que é o quarto mercado consumidor de games – movimentando R$ 850 milhões -, mas que não consegue se destacar como desenvolvedor na produção mundial desses jogos. Atualmente, há 133 pequenas e médias empresas do ramo, segundo levantamento da USP encomendado pelo BNDES.

Outro ponto importante, segundo James Görgen, é que o Brasil vem perdendo grandes desenvolvedores para empresas estrangeiras. “Temos talentos reconhecidos nessa área, que estão trabalhando lá fora e que poderiam estar sendo valorizados por aqui. Gerar produtos próprios faz muita diferença”, ressaltou.

Arranjos Produtivos Locais

De acordo com James Görgen, a partir de 2012, o Ministério das Comunicações passou a trabalhar com a ideia de investir também em capacitação e fomento para o setor de games e apps. Até agora foram investidos R$ 21 milhões, por meio de convênios com o poder público, em Arranjos Produtivos Locais (APLs), para criar uma infraestrutura compartilhada para o uso de empresas brasileiras. Já foram fechados acordos em Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

“Os equipamentos principais ficarão hospedados no Porto Mídia, num prédio no Recife Antigo, que já está sendo reformado”, disse.

James Görgen lembrou ainda a desoneração para smartphones produzidos no Brasil e a obrigação de carregamento de apps nacionais. Houve adesão completa entre todos os fabricantes de smartphones do país e até agora foram homologados 246 aplicativos, sendo 36 deles para games. “A ideia do ministério é incorporar nesse pacote os 45 apps que pretendemos financiar por meio de edital”, adiantou.

[Com informações do Ministério das Comunicações]

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