Para bater de frente com o Spotify, Grooveshark, Deezer, entre outros, o YouTube planeja lançar seu serviço de músicas via streaming muito em breve. Mas, o Google (dono do site) tem usado algumas táticas meio radicais para ganhar adesão de gravadoras e bandas: ele simplesmente vai banir os vídeos daqueles que não aderirem ao acordo de licenciamento para a sua futura ferramenta musical. E isso inclui a expulsão de todo o YouTube, seja do lado pago ou gratuito.
A medida atinge em cheio as bandas e selos independentes e inclui gente do quilate de Adele, Arctic Monkeys e Jack White (White Stripes). O X da questão está no fato de que, segundo os artistas independentes, os novos termos de licenciamento que o Google quer impor preveem pagamentos menores pelo uso das suas obras.
E a briga promete tomar grandes proporções, principalmente pelos números envolvidos: segundo a agência de licenciamento Merlin, a indústria de música independente responde por 32,6% das vendas e streams de canções. E na Europa, entidades do setor pretendem apresentar uma queixa à Comissão Europeia contra a estratégia de negociação praticada pelo Google.
Ainda que o Google declare que o número de selos que já aderiu aos novos termos de licenciamento corresponda a 90% da indústria musical, as entidades que representam os artistas independentes desmentem esse número e dizem que apenas uma fatia minoritária de gravadoras indies concordaram com os termos. Elas ainda preparam para o início de julho uma conferência de imprensa para protestar contra os planos do YouTube.
O “Spotify” do YouTube
Atualmente, o YouTube atrai cerca de 1 bilhão de visitantes por mês, sendo a música uma das categorias mais buscadas. O seu serviço de streaming pago prevê que o usuário assista aos clipes e ouça canções sem a interferência de publicidade, além da possibilidade de baixar as faixas para dispositivos móveis. Anteriormente chamado de YouTube Music Pass, o programa começará a ser testado em alguns dias, inicialmente dentro do Google, com previsão de lançamento ao público no final do ano.
[Fonte: The Guardian]
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