Há trinta anos, John Carmack e John Romero criaram Doom, um jogo para DOS em um surpreendente 3D para a época que marcou escola e ainda é publicado até os dias de hoje. Ele teve desde quadrinhos até romances, passando por dois filmes inenarráveis. E, é claro, a saga continuou ao longo das décadas. Sua última edição principal, Doom Eternal, a sétima da saga, foi indicada para Jogo do Ano e, segundo muitos, deveria ter ganhado. Mas há uma reviravolta.
Matando demônios durante a metade da vida
Um jogador de Doom Eternal, ao ligar o jogo no outro dia e verificar as estatísticas no PS5, se deparou com uma surpresa inesperada: aparentemente, ele havia jogado mais de 400.000 horas. Mais precisamente, 464.517 horas, ou seja, algo mais de 53 anos sem parar para comer, dormir, nem fazer mais nada além de jogar. Poderia ser um hobby como qualquer outro, se não fosse pelo fato de que o jogo foi lançado em 2020 e os números simplesmente não batem.
Infelizmente, não é que o usuário se revelou como um viajante do tempo (principalmente porque, depois de tantos anos, nem mesmo teria conseguido o platina), mas, supõe-se, que se trata de um erro da Sony que vem da época do Unix, um sistema que conta o número de segundos desde 1 de janeiro de 1970 e que é usado por muitos sistemas e linguagens de programação.
Desta forma, existem jogadores de GTA 5 para PS5 que têm 468.164 horas de jogo ou, pior ainda, de God Of War Ragnarok com 463.451 horas. Alguns até têm dados salvos de 2058. Uma loucura absoluta que agora é divertida, mas no futuro próximo pode causar um efeito semelhante ao de 2000 (só que desta vez é real).
A Sony ainda não disse nada até agora, e não está claro se eles vão consertar isso em breve. Ser a pessoa do mundo que mais jogou Doom Eternal, mesmo que por acidente, é motivo suficiente para colocar isso na biografia do Tinder.
