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Adeus ao Android (ou porque eu finalmente mudei para o iPhone)

Rafael Videiro

Rafael Videiro

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Windows ou Mac? A velha dúvida que surgia no momento de decidir por um computador deu lugar a um novo dilema na hora de comprar um smartphone: Android ou iPhone? Assim como a primeira pergunta, a dúvida entre Android ou iPhone não tem uma resposta exata. Cada sistema apresenta um estilo próprio, aparelhos distintos e uma dinâmica que se adapta melhor a um tipo ou outro de usuário. A escolha pode até ser influenciada pelos comentários de amigos e também de outras pessoas – em especial, de profissionais e especialistas em tecnologia -, mas a decisão final é bastante particular.

Nosso colega Tom Clarke, diretor de redação do Softonic EN, resolveu expor os motivos que o levaram a trocar o Android pelo iOS após três anos de convivência diária com o sistema operacional do Google. O que ele nos conta é uma experiência real e completamente pessoal, mas que vale a pena conhecer para ter mais fundamentos na hora da escolha. Confira e tire suas próprias conclusões:

Estou com meu iPhone há algumas semanas. Quando o recebi, levei entre uma e duas horas para configurar as minhas contas do Google e de aplicativos. Então, apaguei e resetei o meu Nexus S. Desde esse dia, nem sequer pensei em pegá-lo novamente.

E assim, ao que parece, a minha decisão de migrar para um telefone com Android três anos atrás (o que também significa três telefones atrás) agora não significa nada. Durante esse tempo, eu defendia o Android com unhas e dentes e, provavelmente, ajudei a convencer algumas pessoas a optar por um HTC ou Samsung no lugar do iPhone “de sempre”. Porém, nos últimos 6 meses, percebi que eu o estava defendendo cada vez menos. Comecei a me cansar do Android e cobiçar os iPhones que via ao meu redor. Eis o porquê:

Hardware

Meus dois primeiros celulares Android não eram os dispositivos mais poderosos do mercado, então seria injusto criticá-los agora, dois ou três anos depois. Mas meu aparelho mais recente, um Nexus S, foi amplamente elogiado como “a melhor experiência Android que você pode ter” quando foi lançado. O hardware, para ser honesto, é implacavelmente feio em comparação com o iPhone. Telas desproporcionais com controles pouco sensíveis ao toque, bordas sobressalentes, plástico preto, muitos logotipos, uma fragilidade generalizada que sugere – no mínimo – menos qualidade na construção… O iPhone 4S (branco), por outro lado, mostra-se realmente elegante.

Estabilidade

Eu tive diversos problemas com a qualidade das chamadas, a duração da bateria, falhas aleatórias e um comportamento estranho do Android. Frequentemente, os problemas têm sido imprevisíveis e difíceis de reproduzir – o tipo mais frustrante de erro. É inaceitável que um telefone deixe de funcionar no meio de uma chamada e se reinicie. E daí se o sistema operacional é “open source”, se o teclado trava e as chamadas não podem ser atendidas?

Aplicativos e interface de usuário

A maioria dos softwares que você deseja no seu telefone está disponível para Android. Então, aplicativos não são um problema. O problema é o sistema operacional em si e, especialmente, a sua versão mais recente, a Ice Cream Sandwich. Estava usando o ICS desde dezembro e nunca cheguei a gostar dele. A experiência de usuário não tem uma consistência, muda de aplicativo para aplicativo e torna o processo de usar o telefone algo parecido com: “Ah, sim, agora estou usando este aplicativo, então tenho que fazer dessa maneira”. Além disso, a estética do Android é atroz. As fontes do sistema, as cores e o design, em geral, não são bonitos. Acima de tudo, o Ice Cream Sandwich dá a impressão de ter sido projetado por um criador de temas amador em vez de um designer profissional. Isso me fez sentir vergonha do meu telefone… e de mim mesmo.

São Francisco

Ou, para ser mais preciso, o iPad que comprei lá numa viagem a trabalho. Desde setembro, quando comecei a usar o iOS regularmente, aprendi a amá-lo. Ele pode não ser perfeito, mas – sem dúvida – é melhor do que o Android. E a qualidade dos dispositivos ainda está vários passos à frente daquilo que você verá rodando Android. Sou usuário de Mac desde que tinha 13 anos. Amo o meu MacBook Air, amava o meu iMac – que agora está um pouco velho e enferrujado -, amo o meu iPad, meu Mac Mini e já estou começando a amar o meu iPhone. Isso tudo faz sentido. (Por “amor”, neste caso, entenda como “estou muito feliz com”.)

Então… adeus, Android. Foi uma caminhada relativamente longa se você pensa no quanto a tecnologia muda em três anos. Quando escrevi originalmente este texto, inclui aqui um pouco sobre como eu poderia procurá-lo em algum momento no futuro, como uma antiga paixão. Mas não sou esse tipo de pessoa. Nós nos divertimos juntos, mas me sinto muito melhor com o iPhone. Sinto muito, Android, mas acabou. Fim.

E você, o que tem a dizer? Se ainda não tem um smartphone e quer comprar um, qual seria a sua escolha? Se já tem, quer continuar com ele ou pensa em trocar? Conte-nos a sua história.

Rafael Videiro

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