Resolvi provar o tal do app Secret [Android | iPhone], depois de tanto barulho nas redes sociais e da polemica que virou até matéria do Fantástico. Achei o app muito bobinho e sem graça, que enjoa rápido.
Originalmente concebido para permitir que as pessoas pudessem compartilhar segredos anonimamente, o Secret logo começou a ser usado no Brasil principalmente para postar piadinhas ou confissões, geralmente de tom sexual, que deixa você com a pulga atrás das orelha: “quem dos meus contatos disse isso?”.
Mas, como não poderia deixar de ser, o suposto anonimato do Secret deixa a tentação para que as pessoas expressem seus preconceitos ou agridam outras. É o mesmo comportamento dos usuários “trolls”, que comentam no YouTube xingando e abusando de preconceitos por acreditarem no anonimato.
Mas essas pessoas se esquecem de dois pequenos detalhes: não existe anonimato de verdade na internet e que calúnia, difamação e racismo são contra a lei e, consequentemente, puníveis pela justiça.
Exemplos de piadinhas que aparecem no Secret
As pessoas que denunciaram postagens do aplicativo na polícia pedem que o Secret seja bloqueado no Brasil. É o que comenta a advogada Gisele Arantes, que representa o DJ Lucas Ribeiro. Segundo a reportagem do Fantástico, o DJ teve fotos íntimas – que ele nem sabia que existiam – circulando pelo app.
Mas não acho que seja necessário ir ao extremo de bloquear o aplicativo. Não seria difícil criar um sistema de cooperação entre o Secret e a justiça brasileira. Quem se sentir agredido pelo app faria uma denúncia e a justiça (ou a Delegacia de Crimes de Informática), se considerar que houve quebra da lei, pediria os dados de quem criou o post.
O Secret tem a opção de denunciar mensagens impróprias
O anonimato dos que não infringiram nenhuma lei não precisaria ser quebrado e o app poderia continuar na sua função: ser usado para chamar a atenção, picuinhas e desabafos. Eu passo.