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Privacidade: Google+ vs. Facebook

Felipe Pessoa

Felipe Pessoa

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À primeira vista, o Google+ é apenas mais uma rede social, ainda mais que as semelhanças com o Facebook são enormes e muitas pessoas querem entrar para a rede social do Google exatamente para mudar de ares. Entretanto, quando se fala em redes sociais, outro detalhe deve ser levado em conta: a privacidade.

Algumas questões relativas à privacidade no Facebook já foram discutidas e é inevitável: quanto mais uma rede social cresce, maiores serão as dúvidas com relação à segurança das informações pessoais. Neste artigo, vamos dar uma olhada rápida nas opções de privacidade de cada uma delas e tentar esclarecer alguns pontos.

O Facebook tem um painel de configuração em que você edita praticamente todas as opções de privacidade. Basta clicar em “Personalizar Configurações” e dezenas de opções são exibidas – desde itens que você compartilha, a informações de contato.

Além disso, álbuns, chat e mensagens no muro podem ser editadas. Sem dúvida, as queixas relacionadas à rede social de Mark Zuckerberg não são quanto à falta de opções de configuração…

No Google+, a página de configurações de privacidade tem um visual muito mais “Google”. No lado direito da página estão as opções principais e, a cada clique em qualquer delas, outros itens são exibidos. Cada segmento tem uma explicação simples e objetiva.

Outro detalhe importante é que qualquer alteração é feita diretamente em seu perfil: trocando em miúdos, você vê exatamente qual informação será editada. Desta maneira, a visualização é rápida e eficaz e, acima de tudo, não deixa espaço para dúvidas.

O Gustavo já explicou como criar listas de amigos no Facebook. Os “Círculos” do Google+ parecem inovadores pelo visual, pela facilidade e pela rapidez. Ainda que possa ser uma discussão infinita, há que reconhecer que tal funcionalidade – criação de listas de amigos – existe há tempos no Facebook. O que o Google+ fez foi dar enorme relevância a tal recurso – sem dúvida, um golaço!

Configurações padrão

Neste quesito, Facebook e Google+ são absolutamente diferentes. Aqui sim, nos queixamos do “Face”: as configurações padrão são, por excelência, abertas, permissivas e não protegem a privacidade de quem usa a rede social. Isso pode não ser um problema se a pessoa não estiver nem aí para nada. Entretanto, pode causar danos enormes caso alguém dê uma “escorregada”.

Tudo que “vem de fábrica” no Facebook é público: fotos, mensagens, dados pessoais, muro, família, relacionamento, etc. O mais assustador é que tal configuração é sugerida pela própria página como “recomendada”! Só pode ser brincadeira…

O Google+ faz exatamente o oposto: desde o começo a pessoa é “convidada” e configurar suas opções de privacidade de forma clara e objetiva. Logo de cara, a principal vantagem é despertar o envolvimento de cada pessoa com seus dados pessoais.

Privacidade em imagens

Eu não gosto que me marquem em fotos e, muito menos, que publiquem fotos minhas sem que eu saiba. O Facebook não está muito preocupado com isso e, se eu deixar, permite que até um desconhecido me marque em uma foto – exageradamente falando, claro. O Google+ permite que qualquer pessoa dos seus círculos marque uma foto sua. Já é alguma coisa, mas não é o ideal. Ambas permitem que você desative tal opção, e o Google+ oferece, inclusive, moderação de marcação de fotos.

É evidente que a discussão e a reflexão não acabam por aqui. Ao longo dos anos, o Facebook teve diversas mudanças na sua política de privacidade e, sem dúvida, algumas coisas melhoraram bastante. Falta um pouco mais de transparência, sem dúvida, mas já é melhor que nada. Certamente, o Google+ sofrerá críticas com relação às configurações padrão, mas é inegável: a mais nova rede social é muito mais transparente e didática no que diz respeito ao tipo de informação que você compartilha ou não. Resta saber até quando.

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