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Falar de “guerra de consoles” em 2024 é não perceber a realidade

Não há conflito nenhum

Falar de “guerra de consoles” em 2024 é não perceber a realidade
Randy Meeks

Randy Meeks

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Anos 90. Sega e Nintendo estão lado a lado em vendas de videogames e consoles. Se um tem o Sonic, o outro tem o Mario. Se um lança o Game Boy, eles contra-atacam com o Game Gear um ano depois. Se a Sega lançava o Mega Drive, a Nintendo fazia o mesmo com o Super Mario Bros 3 e, meses depois, com o Super Nintendo. As espadas estavam constantemente em alta e os exclusivos eram vitais para vencer uma guerra que definia o público gamer daquela década. Trinta anos depois, continuar falando de “guerra de consoles” é simplesmente… ridículo.

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Guerra ou palhaçada?

A batalha nos anos 90 foi pelos jogos exclusivos: o Mega Drive tinha o Sonic, Altered Beast e sua própria versão de Aladdin, enquanto a Nintendo enfrentou com, é claro, Super Mario World, Donkey Kong Country, Super Mario Kart ou… sua própria versão de Aladdin. Hoje em dia, as exclusividades deixaram de definir um console: não apenas a maioria dos jogos acaba sendo multiplataforma, mas as próprias empresas… nem mesmo competem entre si.

No passado, ser da Nintendo ou ser da Sega implicava certa personalidade. A criança contra o adulto, o popular ou o underground. Aquele que sabe o que é bom. No entanto, o que significa “ser da Xbox”? E “ser da Play” ou “ser da Nintendo”? Nada. O vazio. Gritos absurdos por Twitch. São brigas infantis absurdas e sem sentido entre plataformas que nem mesmo buscam o confronto. PS5, Switch e Xbox Series jogam, cada uma delas, do seu jeito, sem se importar com o que as outras fazem.

A Nintendo não está tentando competir com a Sony, e a Microsoft está trabalhando no Game Pass e criando um catálogo de jogos. Não é uma guerra, nem mesmo uma calma tensa: cada uma está fazendo o seu, sabendo que, exceto no caso da Nintendo, o sucesso ou fracasso não determina o futuro da empresa: Microsoft e Sony têm suas divisões de jogos, sim, mas não são, de longe, o centro de suas empresas. Se amanhã a Microsoft decidir que acabou o Xbox, ela não vai à falência. E assim não há guerra necessária.

Para que haja uma “guerra de consoles”, é necessário que haja empresas que precisem dos consoles para sobreviver, sejam obrigadas a lutar não apenas para ter mais lucros do que o outro, mas sim para ser a que permanece de pé. Levar a obsessão por um controle ou por um sistema operacional ao extremo, em 2024, ultrapassa os limites do ridículo. Não há nenhuma guerra: apenas soldados soltos em busca de um conflito inexistente.

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Randy Meeks

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