Chegou o momento que muitos estavam esperando. Esta semana, a Apple anunciou que abrirá sua App Store na União Europeia para que os desenvolvedores possam distribuir seus aplicativos em lojas digitais alternativas. Essas mudanças estão em conformidade com os requisitos da Lei de Mercados Digitais (DMA) e serão implementadas para os usuários da UE em março deste ano.
No entanto, a Apple não ficou muito satisfeita em ser obrigada a fazer essas mudanças. Na documentação para desenvolvedores que descreve as mudanças em todo o sistema da App Store na União Europeia, a empresa explica por que as lojas de aplicativos alternativas são limitadas à UE, e também opções de pagamento alternativas e outras atualizações.
A Apple afirma que essas mudanças estão introduzindo riscos significativos para usuários e desenvolvedores, ao introduzir ‘novas formas de malware, fraude e golpes, conteúdo ilícito e prejudicial, e outras ameaças à privacidade e segurança’.
Além disso, a Apple afirma que as atualizações comprometem a sua capacidade de ‘detetar, prevenir e tomar medidas’ contra aplicações maliciosas, e também de ajudar os utilizadores afetados por problemas com aplicações descarregadas fora da App Store. ‘Limitamos estas mudanças à União Europeia porque estamos preocupados com as suas repercussões na privacidade e segurança da experiência dos nossos utilizadores, que continua a ser o nosso principal guia’, escreve a Apple.
Para limitar o risco, a Apple exige que as lojas de aplicativos alternativas sejam submetidas a um processo de verificação que irá verificar a existência de malware e vírus, sem que a Apple avalie em nenhum momento o conteúdo dos aplicativos. Embora essa verificação seja uma boa medida preventiva, a Apple afirma que o sistema de lojas de aplicativos alternativas apresenta riscos de ‘privacidade, segurança e proteção de usuários e desenvolvedores’.
No futuro, a Apple planeja dialogar com a União Europeia, a comunidade de desenvolvedores e os usuários da UE sobre as repercussões das lojas de aplicativos alternativas. Fora da UE, os desenvolvedores de aplicativos devem continuar usando a App Store e o sistema de compras dentro do aplicativo como de costume.
