Em 2013, o Android se consolidou como o líder absoluto do universo móvel em todo o mundo. A Apple se menteve firme com o iOS, principalmente nos EUA, mas tirando estes dois grande competidores a batalha para sobreviver no mercado foi bastante interessante.
E quem se saiu melhor foi o Windows Phone. O sistema operacional móvel da Microsoft alcançou o terceiro lugar, com um pouco mais de 4% de participação no mercado. Apesar de não ter lançado grandes novidades durante 2013 (apenas três pequenas atualizações de sistema), o Windows Phone chegou a 10% de preferência entre os consumidores de smartphones na Europa.
Os aplicativos e a Nokia resgatam o Windows Phone
A grande força do Windows Phone neste ano foi, sem dúvida, a chegada de muitos dos aplicativos esperados pelos usuários: Instagram, Vine, Waze, Flipboard e muitos outros apps, que começam a fazer do Windows Phone um ecossistema capaz de competir com os grandes. O maior mérito é da Nokia, cuja divisão de celulares foi comprada pela Microsoft. A Samsung e a HTC têm apostado cada vez menos no Windows Phone.
O declínio do BlackBerry
Do lado oposto ao do Windows Phone, temos o BlackBerry 10, que estava destinado a ser o terceiro colocado, mas que afundou irremediavelmente. A renovação total do BlackBerry – incluindo a contratação da Alicia Keys – não foi capaz de conter a hemorragia. O BB 10 não convenceu nem usuários nem desenvolvedores. Para a empresa canadense, resta o consolo do sucesso do BlackBerry Messenger, que se tornou multiplataforma. O lançamento do BBM para iPhone e Android e as soluções empresariais são agora mesma as únicas esperanças de salvamento da empresa. O BlackBerry 10.2 pode executar apps para Android… mas talvez a solução tenha chegado tarde demais.
Firefox OS, celular para todos
Uma guerra totalmente diferente é a da Mozilla com seu Firefox OS. Com o apoio da Telefónica, o Firefox OS quer se converter no sistema operacional de gama média e ganhar participação de mercado em países emergentes. Seu grande desafio é conseguir que desenvolvedores importantes tragam seus apps para o sistema, o que não é uma tarefa fácil. Apesar da Mozilla prometer a chegada do WhatsApp, a empresa desenvolvedora do aplicativo de mensagens nega a informação categoricamente.
Os resquícios da Nokia: sai Symbian, entra Sailfish
Enquanto alguns vão embora, outros chegam. O Symbian deu o adeus final depois que a Nokia concentrou todos os seus esforços em desenvolver aparelhos com Windows Phone. A empresa finlandesa confirmou o fim do sistema Symbian, deixando um sabor amargo em milhares de usuários. Um sistema que parecia ter fôlego para mais desaparece definitivamente.
Entretanto, a partir de outro cadáver da Nokia nasce o Sailfish OS, um sistema operacional alternativa cujo futuro será decidido em 2014. Até agora, este ano permitiu que que tomassem uma decisão inteligente: o sistema pode executar aplicativos para Android, fazendo que o Sailfish já nasça apoiado num ecossistema de aplicativos sólido e com a promessa de poder ser instalado sobre o Android.
CyanogenMod contra o gigante
O CyanogenMod também pode ser instalado facilmente sobre o Android, mas parece que o Google não gosta muito da ideia. Enquanto a Cyanogen anunciava um acordo com a Oppo para oferecer o CyanogenMod instalado de série no Oppo N1, o Google retirava o CyanogenMod Installer do Google Play. A empresa de Mountain View permite que utilizem seu sistema para desenvolver alternativas, mas não dentro da sua própria casa.
O mistério do Ubuntu
Para finalizar, o Ubuntu Phone termina o ano exatamente como começou: como uma grande incógnita. A Canonical realizou uma campanha para desenvolver um telefone, mas a proposta não passou de publicidade gratuita. O sistema chegou a receber uma ou outra atualização durante o ano mas, com exceção de pequenas mudanças, continua sendo basicamente o mesmo que foi apresentado no Mobile World Congress de 2013.
[Artigo original em espanhol]
